4.12.11

Lançamento: Barreiro

E pronto... o dia 3 de dezembro de 2011 fica para a história como o dia em que foi lançado um Livro de Palavras Cruzadas no Barreiro.

Poderia dizer que o momento foi mágico, lindo, inesquecível... foi... mas... fiquei um pouco triste (mas deixemos isso para o fim deste post).

A minha falta de jeito para falar em público deixa sempre muito por dizer... e depois há esta coisa da comoção... sou demasiado emotivo para este tipo de coisas... mas acho que já estou um pouco melhor nesse campo e nem sequer utilizei um pacotinho de lenços de papel... ;-)... mas garanto-vos que foi por um triz... a voz chegou a ficar embargada no início da apresentação... foi um livro muito desejado.

Antes da apresentação almocei com a pessoa que apresentou o livro, o escritor João Lopes Marques.
Mostrei-lhe um pouco do Barreiro velho (a vista privilegiada que se tem de Lisboa e do rio) e definimos, mais ou menos, os tópicos da apresentação.
Depois, o João teve o seu momento de recolha, isolamento, para pôr as coisas no papel.
Depois, o João falou... falou e falou (muito) bem: a língua portuguesa, Dinis Machado, J. Rentes de Carvalho, a história das Palavras Cruzadas... e sobre o meu trabalho... quem esteve no local ficou muito bem impressionado... eu fiquei sem palavras (um problema para quem seria o próximo a falar).

Falei... tinha um papel à frente com algumas coisas que pretendia dizer... disse metade delas.
Levei a minha velhinha mala de couro, mostrei algumas coisas que ali ficaram desde a última vez que a utilizei, uma espécie de «escritório ambulante» nas viagens Barreiro/Lisboa/Barreiro: um pequeno dicionário, um prontuário, uma pasta com folhas quadriculadas e fotocópias de passatempos... as pessoas gostaram de ver.
Depois, um momento especial, outro, fizemos no local umas Palavras Cruzadas em conjunto.
Eu tinha desenhado uma grelha numa tela, fui lendo o enunciado e as pessoas iam respondendo... todos participaram e num instante a grelha ficou preenchida.
Depois, os autógrafos... dei muitos... a família e amigos foram muito generosos...  e é aqui que entra a minha tristeza...

Não querendo alongar-me muito, apenas digo que fico triste com a falta de "interesse" por parte do público em geral... o evento foi divulgado, durante uma semana o livro esteve na montra, ao lado do cartaz que anunciava o evento... apenas apareceu uma pessoa que eu não conhecia...
E não aconteceu só comigo... já tive a experiência de ser a única pessoa que aparece para levar um livro autografado pelo autor.
Podem dizer-me que é mesmo assim, mas eu não sou assim e faz-me uma certa confusão.

Agora, os agradecimentos:

À Sofia Santos, a pessoa que fez questão que eu lançasse o livro na "sua" Bertrand. Estava triste por causa da falta de cadeiras... as cadeiras não fizeram falta... as pessoas juntaram-se numa roda o que tornou o momento mais especial... Sofia, eu gostei muito e obrigado pelo carinho.

À Margarida Ferra, a pessoa que não ignorou uma mensagem privada que lhe enviei através do Twitter (nos tempos áureos do twitter)... não conseguiu estar presente, mas esteve.

À Lúcia Melo, a minha editora, deslocou-se ao Barreiro, disse palavras simpáticas, estava contente por me ter na Quetzal... eu estou muito contente e espero que o livro se venda... só assim haverá continuação nesta nossa parceria que se quer longa.

Ao Bruno Vieira Amaral (Quetzal), que me apoiou neste primeiro lançamento... Bruno, as cadeiras foram um pormenor de somenos.

Ao Francisco José Viegas, sim, o secretário de Estado da Cultura... antes, editor da Quetzal... foi com ele que tive uma reunião e no final disse-me que lhe estaria a realizar um sonho: editar um livro de Palavras Cruzadas...

Ao João Lopes Marques, escritor e guionista do programa "Cuidado com a Língua"... o João conseguiu organizar a sua vida de modo a conseguir apresentar o livro... o João veio de Tallinn, capital da Estónia... ficar-lhe-ei eternamente grato pelo disponibilidade e pelas palavras... o João é um grande amigo... eu adoro os meus amigos.

Aos amigos e à família... não faltaram e ficaram orgulhosos... gostei muito de os ter lá... gosto sempre.

Para terminar, algumas das fotos tiradas pela minha irmã (orgulhosíssima)... o pacotinho de lenços de papel era para ela mas acho que não os utilizou (acho):

Paulo Freixinho

Paulo Freixinho

Bertrand Barreiro - Paulo Freixinho

Bertrand Barreiro

Paulo Freixinho na Bertrand Barreiro

Paulo Freixinho na Bertrand Barreiro

Bertrand Barreiro

Bertrand Barreiro

Bertrand Barreiro

Bertrand Barreiro

O livro no Facebook:
Palavras Cruzadas com Literatura

Amplexos e ósculos!...

4 comentários:

  1. Adorei ja o disse mas assim falando e assim visto nem que seja atraves das fotos da para sentir o quao especial foi este momento espero o primeiro de muitos beijinhos desta tua prima sempre tua fa

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  2. Que maravilha! Parabéns. A ideia de preencher a grelha foi fantástica.
    O trabalho que desenvolve em prol da língua portuguesa ficará muito para além do dia da apresentação. Haverá alunos ( e profs.) a aproveitarem oas suas grelhas daqui até ao próximo livro sair, por isso, esqueça a desilusão de não ter tido público fora da família. Possivelmente tantos como eu tinham factos familiares que os afastaram, mas com o afecto estiveram presentes. Basta ver o exemplo do João Lopes Marques.
    Um bem-haja para si e parabéns novamente.

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  3. Paulo, vi este seu post, e não quis deixar de lhe demonstrar aqui, a minha ampla solidariedade, sobretudo pelo aspecto da tristeza que o envolveu, após o lançamento deste seu livro, que me parece assaz interessante e original, sentimento esse, que eu próprio já experimentei, logo, identificando-me com ele, aqui o expresso. Não sei se sabe quem eu sou, provavelmente não, mas, isso também pouco importa para o caso, somos irmãos nas letras, assim o prefiro acreditar, e como eu compreendo tão bem essa sua angústia..Suponho que toda a divulgação disponível se torna irrelevante, quando o nosso nome ainda não atingiu os píncaros mais altos no panteão de autores consagrados, ou quiçá serei eu que estarei somente a aproveitar-me deste seu momento tão íntimo e especial para me lamentar um pouco. Seja como for, posso lhe afirmar pela experiência que vou recolhendo, que este, é um longo percurso, e os primeiros passos deixam sempre alguma réstia lassa de desilusão impressa nas pegadas que deixamos, mas faço boa fé de que o caminho, quando bem trilhado, acaba sempre em bem. É tudo quanto lhe desejo, muito, muito sucesso. Os meus parabéns.

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  4. Helga e Helena,
    Obrigado pelas vossas carinhosas palavras.
    :-)

    Casimiro,
    Sei quem é... o seu livro está já na minha lista de próximos a comprar.
    Obrigado pelas suas palavras.

    Tudo isto é muito novo ainda. Claro que existe uma certa "ilusão"... mas tenho os pés assentes na terra.
    Não querendo menosprezar o valor dos novos autores (autores que tenho divulgado/apoiado da mesma forma que o faço com autores consagrados), considero que o meu caso é um pouquinho diferente... digo isso, não só porque este livro é diferente, mas porque este blogue vai a caminho do seu quinto ano de existência... neste momento visitado por mais de 14 mil visitas mês (mais visitas do Brasil que de Portugal mas, mesmo assim, cerca de seis mil visitas de Portugal)... e sei que resolvem os passatempos que aqui disponibilizo.
    Claro que também sei que tudo isso é muito relativo.
    Realmente, os meus leitores estão espalhados pelo país inteiro, e a zona onde resido não é propriamente aquela onde terei mais leitores.
    Mas o que me deixa mesmo triste é a falta de interesse que realmente existe... aqui na zona, a minha experiência, diz-me que o grande público não adere de facto ao que por cá vai acontecendo em termos de cultura (em geral)... e os tempos que vivemos não são "desculpa" para tudo.
    Mas este caminho (livro) só agora começou e eu tenho um lado positivo muito forte...

    Amplexos e ósculos!...

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